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sábado, 25 de dezembro de 2010

Não se esqueça de voar


Anda em mim, soturnamente, uma tristeza ociosa, sem objetivo, latente, vaga, indecisa, medrosa. Como ave torva e sem rumo, ondula, vagueia, oscila e sobe em nuvens de fumo e na minh'alma se asila. Uma tristeza que eu, mudo, fico nela meditando e meditando, por tudo e em toda a parte sonhando. Tristeza de não sei donde, de não sei quando nem como... Flor mortal, que dentro esconde sementes de um mago pomo. Dessas tristezas incertas, esparsas, indefinidas... Como almas vagas, desertas no rumo eterno das vidas. Tristeza sem causa forte, diversa de outras tristezas, nem da vida nem da morte gerada nas correntezas... Tristeza de outros espaços, de outros céus, de outras esferas, de outros límpidos abraços, de outras castas primaveras. Dessas tristezas que vagam com volúpias tão sombrias que as nossas almas alagam de estranhas melancolias. Dessas tristezas sem fundo, sem origens prolongadas, sem saudades deste mundo, sem noites, sem alvoradas. Que principiam no sonho e acabam na Realidade, através do mar tristonho desta absurda Imensidade. Certa tristeza indizível, abstrata, como se fosse a grande alma do Sensível magoada, mística, doce. Ah! Tristeza imponderável, abismo, mistério, aflito, torturante, formidável... Ah! Tristeza do Infinito!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

São tempos de morangos

“Há algo agradável nas tempestades que interrompem a rotina. A neve ou a chuva gélida nos liberam subitamente das expectativas, das exigências de resultados e da tirania dos compromissos e dos horários. Todos os afetados pela tempestade são unidos por uma desculpa mútua.”


São tempos sombrios - já dizia Albus Dumbledore em vidas passadas. São tempos que um novo rumo se inicia, são vidas que renascem, são esperanças que se renovam a cada inter momento de segundos em que as horas se dissipam. São poeiras no vento que engolimos. São novos livros escritos. A estrada continua e nunca termina. É mais um despertar de uma primavera de folhas no chão, vidas que passam e perpetuam. Digo que ao escolher um caminho, tenha certeza de que não é um caminho sem saída, pois suas escolhas te definem e suas vontades te guiam. Já andei e repensei várias vezes. A neve nunca cai no verão. As folhas nunca renovam no inverno. Eu fecho os meus olhos por um único momento, e o momento se vai. Todos os meus sonhos passados antes de uma curiosidade se acabam numa poeira no vento. Enquanto o sol aqui demora a aparecer, lá no meu ‘’mundo’’ ele já nasceu há séculos. Hoje todos se foram tomando um caminho de volta para uma nova realidade. Tomou para cada um uma alegria, para cada alegria um novo obstáculo.
- Aproveite enquanto são tempos de morango – Dizia o belo professor de Língua Portuguesa. Essa nova etapa de uma nova vida vai exigir muito mais de vocês.
De certa forma exigiu muito. A hora da estrela não foi um livro pra ler, foi uma leitura para ser interpretada. Cada um a sua realidade. As aulas de teatro que nos alegravam, a mesa do almoço que apesar de monótona já pedia descanso. As oficinas que nos esgotavam e a preocupação do ‘sem tempo’ para isso e para aquilo. Ainda guardo a chave do 127, hoje um armário vazio no corredor. O pentagrama que eu tinha, certa pessoa o levou. Os amigos que eu conquistei, o tempo nos fortaleceu. É mais uma neve de verão e o sabor de chocolate ainda sinto quando cheiro a terra molhada. É só mais um 204 em um sonho de esperanças, é uma experiência de adolescência que nos resta lembrança. É mais um natal no belo dezembro. Assim continua a história, novas pessoas chegaram e serão recebidas com carinho, é mais um ano letivo. É um novo mundo – grande horizonte. Abra os olhos e veja que é verdade. Mundo – do outro lado das assustadoras ondas azuis.

domingo, 28 de novembro de 2010

As melhores aulas de Química


As aulas de química sempre eram as mais felizes quando estávamos juntos, sem contar a emoção da melhor professora (Cynthia) com a sua turma-afilhada.

saudades daquele tempo em que os amigos compartilhavam as mesmas emoções . . . #Esemfeelings


Turma 1J 2009.
Aline (Single N) - AP
Alinne (Double N) - GO
Amanda (Amandinha)- MG
Andre (Dreeh) - RR
Cássia (Cassilene)- SC
Caio (Cacaio) - MS
Fábio - PR
Gabriele (Gabih) - SP
Herliton (Ton) - PB
Leticia(Pilar/Leti) CE
Matheus (Pelzer) - RS
Mateus - PE
Moisés (Marivaldo)- AC
Patrícia (Paty) - SE
Patrick Lara - RJ

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Felicidade Clandestina

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

De volta pra Casa

No outro dia, vendo aquela famosa fotografia do marinheiro beijando a moça no Times Square de Nova York, nas comemorações pelo fim da Segunda Guerra Mundial, me dei conta de que eu não devia estar muito longe dali. Voltávamos para o Brasil depois de dois anos passados na Califórnia, onde meu pai lecionara na universidade estadual, e íamos pegar o navio em Nova York. Eu tinha oito anos. Lembro pouco daqueles dias. Na verdade, só lembro com clareza de duas moças que passeavam nuas dentro do quarto num edifício em frente ao nosso hotel, sem qualquer relevância histórica.
Na época eu não teria prestado atenção, mas mesmo nos dez ou quinze anos seguintes se falou pouco, nos Estados Unidos, sobre as implicações morais das bombas de Hiroshima e Nagasaki que acabaram com a guerra. O presidente que autorizou os ataques, Harry Truman, morreu sem qualquer dúvida. Tinha matado alguns milhares para salvar a vida dos milhões que morreriam numa invasão do Japão. Hoje isto é contestado. Uma amostra sem vítimas do que as bombas fariam e um sinal de que os americanos pretendiam concordar com o que afinal concordaram, preservar o imperador depois da ocupação, teriam apressado a rendição japonesa. Mas a mediocridade política e a estupidez militar são seus próprios álibis. (Veríssimo 1997:104)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Esperança

pelo Colunista da Folha de Boa Vista: Jessé Souza

Era a década de 70. Boa Vista terminava na avenida Venezuela, o trecho urbano da BR-174. Eu morava no bairro São Vicente, onde passei minha vida até o início da adolescência. Fomos a terceira a família a chegar naquela região, o que dá para ter uma ideia do que era o São Vicente.

Dali vi a cidade crescer bem lentamente por longos anos. Não havia ônibus, eletricidade nem telefone naquela área e na maior parte da cidade. Muitos nem faziam questão de ter geladeira em casa, uma vez que poste de energia era uma raridade nas ruas.

Respeitávamos os adultos, havia horário para chegar em casa, tomávamos benção dos pais e tínhamos que ir à igreja. Escola era sagrada e chegar até a sala de aula, por mais difícil que fosse, tornava-se uma aventura encarada numa boa pelas crianças que naquela época tinham a professora como a segunda mãe.

Havia a parteira, o rezador, a benzedeira, os chás caseiros, o descarte do matadouro que se tornava uma festa para boa parte das famílias. A garotada fazia a festa com os lagos, os igarapés e o futebol improvisado no fundo do quintal.

É nostálgico, eu sei. Mas quando se avança na idade – e lá se vão 40 fevereiros -, é essencial fechar os olhos para recordar as coisas boas da infância que jamais existirão daqui para frente, numa sociedade dominada pela televisão e agora pela internet.

Boa Vista cresceu, inchou, recebeu migrantes de todas as partes e acolheu famílias que vieram para cá com o sonho de construir uma nova vida. A maioria conseguiu esse sonho, uma vez que era só chegar, limpar o naco do terreno no meio do cerrado, fincar cerca e morar.

Embora os ônibus tenham chegado (em quantidade não suficiente, é verdade), a energia (inconfiável), o telefone, o celular (que falha), a iluminação pública e o asfalto (esburacado) hoje serem realidade, ainda nos falta muito para nos sentirmos uma população bem atendida diante dos impostos que pagamos.

Ainda assim, Boa Vista é uma cidade boa para se viver. No que pesem as carências em diversos setores, aqui ainda podemos fazer planos e podemos intervir nas políticas públicas para que elas sejam efetivamente aplicadas.

Nesses 120 anos de criação de Boa Vista, é necessário que cada um de nós assuma esse compromisso com a cidade, de ser um cidadão pró-ativo a fim de buscar o conserto daquilo que é preciso melhorar. Culpar o político sempre vale, pois grande parte da culpa recai nas costas deles. Mas quem os coloca lá?

Por isso, não custar buscar inspiração no passado nostálgico, mas sempre com os pés fincados no presente, para que possamos construir o futuro que queremos para nossos filhos e nossos netos.

Dormir com portas e janelas abertas jamais existirá – nem em Boa Vista nem em qualquer lugar do mundo. Mas é possível acreditar numa cidade mais segura, com nossas ruas bem arrumadas, praças conservadas e crianças felizes na escola.

Basta que cada boa-vistense, de nascença ou adotivo, assuma o compromisso de querer mudar. Somos uma Capital pequena onde tudo ainda dá para consertar. Não percamos a esperança. A cidade ainda é uma criança.

* Jornalista - jesse@folhabv.com.br - Twitter: www.twitter.com/JesseSouza - Blog: www.pajuaru.blogspot.com

Boa Vista 120 anos de História


Simpática, arborizada, acolhedora, com avenidas largas, iluminadas e bem distribuídas. Assim é a capital de Roraima. Boa Vista completa hoje 120 anos de criação.

A então sede de uma fazenda às margens do rio Branco tornou-se uma das cidades que mais crescem na região amazônica. O desenvolvimento segue as tendências da globalização, mas sem esquecer o compasso do caboclo, seu principal habitante. Tem a infraestrutura de uma capital, porém ar de interior. Perfeito!

Dessa forma, ainda é possível caminhar despreocupado com a família e apreciar as belezas naturais de uma das cidades mais bonitas do Brasil. Segundo indicadores sociais, Boa Vista oferece excelente qualidade de vida.
Mapa é um formato de leque, aonde as ruas vão saindo do Centro e irradiando para o resto da cidade. Tudo planejado pelos arquitetos da época, além do estilo europeu baseado nas ruas em forma de Leque de Paris.

Cidade onde meus pais escolheram para morar e constituir um futuro maior. Meus irmãos nasceram aqui, lembro que quando cheguei isso era só mato (risos)...

Paraaabéns Boa Vista!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Coisas Exótericas

Não é o outono em New York que fazem com que as folhas caem. Algumas coisas no ar fazem as máscaras das pessoas caírem também. Assim como as estações a pessoa tem o poder de mudar não acontece assim muito frequentemente, mas quando acontece quase sempre dá certo, algumas vezes pode-se emendar o que se quebra, e às vezes a gente se abre e deixa entrar coisas novas, mas na maioria das vezes para uma pessoa que tem medo de demonstrar seus sentimentos basta só uma oportunidade que ela jamais julgaria possível. E algumas coisas não mudam nunca então que comece os novos jogos.
Eu tenho medo do que possam pensar e do que tudo que possa vir à tona. Nesse final de semana algumas coisas já deixaram claro mais ou menos o que há certo tempo eu temia.
Minha vida já não consegue ser a mesma de antes, só de pensar que dentro de uma semana estarei mais perto de ter 18 anos, me deixa com vontade de permanecer na adolescência, onde tudo é mais fácil. Ter 18 anos só vai aumentar muito mais a responsabilidade que eu já tenho. Algumas coisas devem ser esclarecidas, mas falta coragem pra isso.
“- Estou preparado pra te namorar!
- Mas eu não!
- 4 silabas, 3 palavras, 7 letras!
- No momento que eu disser, não será o início de uma coisa, ma o fim. Olha, eu prefiro esperar, quem sabe no futuro!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Venha (Touch me)

Lá vou eu como um barco

Sem um rumo e sem farol

Quantos mares eu verei

E quantas luas rubras,

Depois do sol

Lá vou eu como um barco

Sem estrelas, sem farol

Quantos rostos eu verei

Em tantas luas cheias

Depois do sol

Venha me tocar

Onde eu gosto, eu te peço

E eu quero mais

E de novo

E outra vez, eu te imploro...

domingo, 16 de maio de 2010

Mundo = World

O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.

sábado, 15 de maio de 2010

Nogueira - RJ : sensações e descobertas... (nostalgia)

Estávamos saindo da escola... Meu estômago parecia estar cheio de borboletas, não conseguia desviar minha ansiedade para poder parar em mim mesmo e pensar um pouco sobre a vida. Impossível; pois além da minha ânsia em chegar logo a Nogueira para poder lembrar um pouco do frio da minha cidade, e conhecer mais sobre aquele lugar onde nosso Imperador passava o verão, os guris estavam a cantar sertanejo durante todo o trajeto. Não que eu não goste, mas era impossível manter a concentração em algo com as desafinadas e, principalmente, com as letras do ritmo do Centro-Oeste brasileiro.
Muitas sensações foram “experimentadas” durante o percurso de ida. O sentimento de estar indo para casa vinha a minha cabeça a todo instante ao perpassar a Serra. As montanhas me remetiam a Serra Gaúcha, que fica a caminho da minha cidade. A música já não me atrapalhava mais; para mim pouco importava o que estava sendo tocado e cantado; sentia o cheiro de nostalgia no ar.
Durante a subida à Petrópolis parecia que eu estava deixando os pesos do dia a dia e estava pegando, aos poucos, na minha liberdade. Quanto mais subíamos, mais me sentia livre e mais tinha vontade de pegar essa liberdade que aflorava a minha pele.
Paramos no SESC Quitandinha e fomos conhecer aquela maravilhosa arquitetura que já foi hotel, casa de jogos, cenário de novela, condomínio. Quase tudo era original. O sentimento de já ter vivenciado tudo aquilo me arrebatava a todo instante; milhares de “Déjà vu” aconteciam... A decoração era maravilhosa e me tive a oportunidade de me observar naquela “mansão”; eu já estava fora de meu corpo. Vivia momentos de paz. A história daquele lugar atingia o meu pensamento e me fazia sentir as emoções já sentidas tantas vezes ali.
O meu olhar não era mais o mesmo. À medida que íamos nos organizando para voltar ao ônibus ia me sentindo agoniado, pesado. Parecia que o sentimento de liberdade estava me abandonando, cedendo lugar ao desespero, cedendo lugar aos não bons pensamentos. Deveria ser cansaço, não sei. Talvez os momentos que vivi no Quitandinha, naquela visita, me proporcionaram tal indisposição, pois era como visitar o meu passado.
Subimos no ônibus com os nossos sucos. Mais uma vez estava sozinho no banco do veículo. Naquele momento era necessário estar sozinho, era necessário pensar. O pôr do Sol se fazia presente e quando chegamos a Nogueira, bairro de um distrito de Petrópolis, já era noite e a agonia tinha se transformado em inquietação, irritação.
Pegar a chave, o controle e a água. Arrumar as malas no elevador. Subir as escadas e pegá-las. Quarto 301. Cama do lado da TV. Sacada de frente pras montanhas. Chuveiro desregulado.
Tomei banho e fiquei bem. Fui jantar com os guris e depois fomos à Festa Alemã. Voltei a ficar ansioso, estava louco para que a festa começasse para que eu pudesse reviver um pouco da cultura do meu estado. A festa começa ao som de “Ein prosit der Gemütlichkei”. Meu coração estava acelerado e o sorriso estava estampado em minha face. A alegria tomava conta de mim, nunca tive a sensação de estar tão “em casa” não estando “em casa”. Dancei, cantei, caminhei. A explosão de alegria me regia. Meus pés doíam. Dormi como nunca tinha dormido antes.
Saímos pela cidade e as sensações continuaram. Caminhar pelas ruas de Petrópolis nos dias atuais era a mesma coisa que caminhar lá na época do Império. O ar da cidade me enchia de esperanças e recuperava meus ânimos para o retorno.
O céu era azul, a temperatura era agradável. Descobria uma cidade irmã da minha. O tempo passava rápido, de uma forma que o tempo de nossa visita parecia estar reduzindo e já começava a sentir saudades daquele lugar.
Saímos do hotel. Deixei minha mala no bagageiro e entrei no ônibus. Não estava mais sozinho no banco, o que não me impedia de estar mal. Eu ainda estava sozinho, mesmo acompanhado. Descemos a Serra. Meu ouvido doía por motivo da diferenciação de altitude. Em instantes chegamos a escola. Estava vazio de sentimentos, mas ao mesmo tempo cheio de sensações vivenciadas, talvez fossem sensações vazias, revividas durante os curtos três dias de viagem. Chegava em meu quarto e agora, sem precisar estar com a garrafa de água, nem dormir do lado da TV, cansado, a esperar por aquilo que já aconteceu. Redescoberta.

Créditos ao autor: Renan Portolan.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Escola Sesc de Ensino Médio

É preciso reviver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer por que no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo... Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar. Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei a mesmo pra sempre.
Não quero dormir, porque eu não sei se vou me levantar. O dia em que deixamos o conforto de casa para seguir em uma aventura sem saber quais seriam as nossas conseqüências. Tenho que cantar mesmo se eu chorar, pois entre as lágrimas minha voz irá soar. Eu não sei o motivo, mas desse lugar olhando lá pra fora do ''muro'' eu vejo o mundo. É tão diferente saber que aqui tudo muda tudo troca de lugar, e para além do muro o mundo não muda.
Eu sei que essa é a parte em que o fim começa... Aqui onde ninguém me ver, eu fico prendendo o choro, calando o sorriso e gritando em silêncio... O meu medo não é aqui, a frase vaga na minha mente... O calor já se foi e o frio vem... Com o vento cortante e árdido sobre minha pele, a lágrima escorrega sobre a face e fica gélido quando o vento sopra e eu tenho medo do escuro, dos fantasmas a minha volta. Eu danço pra esquecer tudo, extravaso pra ocupar a mente, fico em silêncio pra ouvir o que falam, não falo pra não estragar os discursos dos outros, não tenho opinião, tenho certezas. Faço das minhas palavras a da Edir: Quem sabe a matéria tem dúvidas, quem não sabe nada, não tem dúvidas. Porém concluo, o meu silêncio é a obra mais bela que pude criar, pois é nela que eu divido e faço acontecer, é dela que brotam os melhores pensamentos os quais ninguém pode invadir. Se em meu silêncio incomodava, se minhas opiniões nunca foram concretas, eu respondo: as atitudes me fizeram ser assim. Ouvi, ver, tocar, cheirar e saborear, usei ao meu favor os 5 sentidos do corpo pra no final expressar o que eu sinto sem contradizer o que muitos fazem por impulso.
Somos 347 adolescentes em busca de seus sonhos, somos 347 sonhos querendo ser realizados, somos 347 esperanças depositadas, somos UMA FAMÍLIA!



Meu texto? Pensamentos da Madruga. O autor? Silêncio da Noite. Prazer: Andre Bruno.